sábado, 25 de julho de 2009

APRESENTAÇÃO TEATRAL DO MISTÉRIO DA PROFESSORA JULIETA






“O Mistério da Professora Julieta”
Adaptação de Yarley de Lima- Crato-CE

PERSONAGENS:
LUG EDUARDO
LIG VIGIA
D. CLOTILDES ALUNOS (PEDRINHO, MARIA + 03)
PREFEITO PREFEITO XIAMEN
JULIETA
MORADOR 1
MORADOR 2
MORADOR 3
CENA I
LUG-Oi gente... eu sou uma traça, e essa aqui é...ué? Onde que ela está? (procurando) Ah! (encontrando) aqui está você. (Descobrindo-a) Bem, como estava dizendo esta aqui é a Lig... ela é, quero dizer, nós somos traças, porém temos coisas muito diferentes das traças que vocês conhecem e tudo isso é culpa da Lig.
LIG- Culpa minha? De maneira alguma... a culpa é sua mesmo.
LUG- Foi você que começou com essa idéia de ler... falei mais de mil vezes... traça não ler livros, traça come livros...
LIG- Ora, ora, deixe de besteira. O que importa é que descobrimos a importância de ler, através de um amigo da leitura que passou por aqui...
LUG- Isso mesmo, ele nos mostrou o quanto ler é maravilhoso...
LIG- O quanto é esplendido...
LUG- O quanto é fenomenal... daí ele nos contou a história “ O Mistério da professora Julieta”... essa história é sensacional ... conta lá LIG.
LIG- ... havia uma cidadezinha chamada Cajueiro, bonita com suas paisagens, tranqüilas em suas noites, com uma igrejinha muito formosa ao centro, parecia ser a cidade perfeita mas nem tudo estava sobre controle...
LUG- A grande preocupação do prefeito de Cajueiro, que o deixava sem dormir, era não conseguir encontrar professores que quisessem dar aulas na cidade...
LIG- A fama de Cajueiro já havia se espalhado por toda a redondeza...
LUG- Estavam havendo ataques contra os professores e na mesa do Prefeito não paravam de chegar cartas de desistências ou abandono da turma...
PREFEITO-(Desesperado, com os pedidos de desistência em sua mesa) Sapo na bolsa da professora Carminha... cobra na gaveta de Dona Marlene...professora Suzete ficou presa na cadeira com cola fresca... Ah meu Deus o que faço com essa cidade?
LIG- O esclarecimento do caso era difícil por que o responsável pelos ataques não deixava pistas.
LUG- Dona Clotilde, a secretária do Prefeito, criou uma bolha enorme no dedo de tanto telefonar para as cidades vizinhas, procurando alguém interessante no trabalho.
LIG e LUG- Mas ninguém encarava o desafio...
PREFEITO- (Agoniado) Já são três meses sem aulas. A situação é preocupante (para secretária) Dona Clotilde, vá pegar a chave...
D. CLOTILDE- (Apreensiva) A Chave senhor prefeito?!
PREFEITO- Sim... a chave! Onde poderei encontrar a solução para esse caos?
LIG- A chave de que o Prefeito falava era da gaveta onde ele guardava uma agenda confidencial, papeis de cartas especiais e suas canetas da sorte...
PREFEITO- (Enquanto abre a gaveta) Irei escrever uma carta longa e detalhada, pedindo ajuda às autoridades superiores. (ver um envelope lilás enorme) Mas como? Quem deixou isso aqui?
D. CLOTILDE- Não sei Sr. Prefeito, a única pessoa que tem acesso a essa gaveta é o senhor mesmo... Mas de que se trata esse envelope?
PREFEITO- (Abre o envelope, Trêmulo e apreensivo) Como?
D. CLOTILDE- (Curiosa) O que a carta diz Sr. Prefeito? Leia...
PREFEITO- (Ele ler novamente silenciosamente. Dona Clotilde grita) Em voz alta!
(A medida que ele ler, a carta poderá ser projetada usando um Data Show- ao fim entreolham-se assustados.)
D. CLOTILDE- Nunca ouvi falar em Julieta Stark nesse país...
PREFEITO- Tudo é muito estranho.
(Como que do nada, surge por trás deles, uma mulher muito bonita de vestido lilás e uma enorme mala preta.)
JULIETA- Bom dia Senhor Prefeito... (eles recebem o cumprimento assustados)
PREFEITO- (Abismado) Bom dia Senhorita... aqui estão as chaves da sua residência como exigiu... (Em direção a mala) Eu levo sua bagagem senhorita...
JULIETA- Muito obrigada senhor; eu carrego sozinha.
D. CLOTILDE- Mas parece tão pesada, tão grande que caberia uma...
JULIETA- Uma Criança...Amanhã, às sete e meia estarei na escola. Avisem às crianças que compareçam na hora marcada, eu não admito atrasos.
CENA EXTRA
( poderão formar um grupo de fuxiqueiros que comentem sobre a professora com as falas abaixo)
- Ela trouxe uma mala preta para prender as crianças dentro.
- Desde que chegou ela não saiu pra comer ou beber água.
-Ela não tem dentes.
- Ela tem cabelos roxos.
- Eu vi sangue nas unhas dela.
LIG- No dia seguinte, os alunos foram chegando, entrando devagar; com medo.
LUG- Julieta já estava na sala de aula... e o seu cheiro de lavanda estava presente onde quer que ela estivesse, já tomava conta de Cajueiro.
LIG- Cada aluno que entrava ela cumprimentava pelo nome...
LUG- Mas como seria possível? Como ela já sabia o nome de cada um sem ao menos conhecê-los antes?!
(Enquanto os narradores falam, vão entrando os alunos que recebem o cumprimento da professora Julieta.)
LIG- Mais nem tudo estava sobre controle, o misterioso personagem que tinha o hábito de colocar todas as professoras para correr, estava a bolar algo para a professora Julieta.
LUG- (Após toque de sirene) Enfim, soou a sirene e os meninos saíram da sala, tontos como se a cabeça estivesse em outro mundo.
LIG- Havia uma espécie de pacto... não podiam contar nada do que havia acontecido... Silêncio Total.
LUG- Ninguém mais queria faltar aula... o que deixava o terror das professoras mais irritado.
(Noite. Cajueiro prepara-se para dormir. Vigia pela rua a cochilar em seu banco.Algo estranho aparece e passa em direção a casa de Julieta indo em direção a mala preta, quando é surpreendido pelos gritos da professora.Esconde-se)
PROFESSORA- Socorro! Socorro...
VIGIA- (socorrendo-a) Que agonia é essa Professora... o que está acontecendo?
D. CLOTILDE- (Entrando) Mas que gritaria é essa nessa cidade? Que desespero é esse?
PREFEITO- Mantenham a calma!
MORADORAS- Onde está a paz dessa cidade?
JULIETA- Por favor... calma...(vendo Eduardo escondido) não aconteceu nada... foi apenas um pesadelo que tive. Desculpem-me
(Comentários de revolta dos moradores)
PREFEITO- Está tudo esclarecido, voltem para suas casas... amanhã será um novo dia.
VIGIA- (Moralista) Vamos, vamos... desobstruam a rua... chega de tumulto. (Para professora Julieta) É uma vergonha... abalar a paz de uma cidade...
(Eduardo e Julieta agora estão a sós. Ele com medo, ela apreensiva mas firme)
JULIETA- Eduardo... (tenta pegar nele) Espere... vou pegar algo para você. (volta com algum lanche) Coma. (PAUSA) Vou ser bem direta. Podemos fazer um acordo muito bom para mim e para você. Estou precisando de um ajudante para um trabalho secreto e misterioso, e disso você entende muito bem... não é Eduardo? Você me ajuda e eu não entrego você para o prefeito, por enquanto.
EDUARDO- Como assim por enquanto?
JULIETA- Aceita ou não aceita?
LUG- Foi quase uma hipnose, aquele olhar firme e ao mesmo tempo tão doce...
LIG- Aquele perfume de lavanda e a lembrança dos biscoitos fizeram-no aceitar.
EDUARD0- Aceito professora.
LUG- A partir daquele dia Eduardo passou a ir a casa de Julieta, sempre no mesmo horário.
JULIETA- Eduardo, abra aquela mala...
EDUARDO- (Receoso, abre a mala lentamente)
LIG- Era uma mala de livros!
JULIETA- Aqui está o seu livro...
LUG- Eduardo nunca tinha tido um livro na sua vida.
(Julieta, abre o livro e começa a ler para Eduardo)
LIG- Eduardo que passou a viver os melhores momentos de sua vida, acompanhado diversas histórias que a professora Julieta contava... Pinóquio...
LUG- As aulas de Cajueiro seguiam normalmente e sem percalços.
LIG- O grande segredo da professora Julieta era fazer com que as crianças se apaixonassem perdidamente pelos livros, mostrar como é gostoso ler.
LUG- Ela não perdia tempo falando...falando... falando. Ela simplesmente Lia.
LIG- Ela sabia exatamente a hora de interromper a leitura... um momento de suspense
LUG- Curioso...
LIG- Misterioso...ela parava de ler e prometia continuar na próxima aula.
LUG- Por isso elas sempre voltavam no outro dia... lembra que a professora falou que dentro da mala dela cabiam vária criança?
LIG- Lembro sim.
LUG- Ela não mentiu, cabiam várias crianças dentro da mala preta. Alice, Peter Pan, Pinóquio, João e Maria, Narizinho, Pedrinho e tantas outras.
(Badaladas de relógio)
LIG- Trigésimo primeiro dia. (Amanheceu) Os alunos começaram a irem a escola...Naquele dia não encontraram a professora na sala.
LUG- O cheiro de lavanda estava lá, estava em toda cidade (Ambos com borrifadores com lavanda)
LIG- O Prefeito era a única pessoa que sabia exatamente o que estava acontecendo. Desde o começo ela avisou que só ficaria por trinta dias. Mas como ela pediu segredo, ele achou melhor calar e aguardar.
LUG- Julieta havia deixado uma biblioteca para os moradores de Cajueiro... seus livros da Mala Preta foram todos utilizados para isso.
LIG- Porém a maior surpresa que todos tiveram...(CENA)
Pedrinho- Eduardo, você aqui?
Maria – Você nem gosta de Ler.
Eduardo- Engano de vocês, a professora Julieta me ensinou coisas bonitas e hoje me deixou na responsabilidade de cuidar da biblioteca de Cajueiro... Com a leitura todos podem crescer e mudar.
LUG- O cheiro da lavanda continuava perfumando cajueiro para sempre...Julieta? Ninguém sabia onde estava, mas ela não esquecia deles.
LIG- Do outro lado do mundo... o Prefeito de Xiamen, tentava encontrar uma solução para o problema da escola da cidade. (Surge uma carta lilás igual a do inicio)
PREFEITO XIAMEN- (Encantado com a carta) Nossa! O que é isso? Como veio parar aqui...
LUG- IH!! Acho que essa história eu já vi...
LIG- Eu também!
LUG e LIG- Lá se vem a Professora Julieta!
(Musica vamos Ler Criançada- Letra de Nanna de Castro e Musica de Junior Boca)
FIM.

Um comentário:

  1. Fantástico!Gostaria de saber se vc filmou a peça, e se pode enviar para nós.
    Beijos Andréia

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CIDADÃO LUZ







Eu sou Cidadão, Amigos da Leitura

Eu sou cidadão, amigos da leitura Soltar a imaginação Na poesia, diversão e criatividade É crescimento do saber Mergulhar num universo, desconhecido Nas páginas do livro, um mundo novo conhecer Ser amigo da leitura é elevar a auto-estima Promovendo resgate da real cidadania Formar uma sociedade bem mais consciente, Com criança e adolescente Aprendendo com alegria APDM.CE, é nova vida pra quem quer aprender APDM.CE, enriquece e renova a esperança no viver Sou criança, sou cidadão Amigos da leitura, sendo criança Cidadã me sinto mais segura. Isso é felicidade, Isso é felicidade. Venha ser amigo da leitura Venha ser cidadão de verdade Quero ler, quero aprender Saber é cultura Quero ler, quero também Ser amigo da leitura. FICHA-TÉCNICA: Música/Letra: lifanco Intérprete: Stephanie Pontes Batéria/Percurssão: Rodrigo Teclados: Ibberttson Nobre Baixo/Guitarra/Arranjos: Lifanco Gravação/mixagem/masterização: Ibbertson Nobre Vocais: Stephanie Pontes,Lifanco Estúdio: Ibbertson Som Produção Fotográfica: Everardo Aguiar Fotografia: Gessi

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